Um adolescente de 15 anos voltou a apresentar sinais vitais após permanecer 15 minutos submerso em água gelada e mais de uma hora sem batimentos cardíacos, fato ocorrido em janeiro de 2015 na região de St. Louis, Estados Unidos.
A recuperação do jovem, identificada à época como John Smith, é atribuída por familiares e pelo pastor Jason Noble à oração fervorosa da mãe, Joyce Smith, dentro da sala de emergência.
Na tarde do incidente, John Smith e dois amigos caminhavam sobre um lago parcialmente congelado quando o gelo cedeu.
Enquanto os colegas conseguiram se agarrar a bordas de gelo e foram resgatados rapidamente, Smith afundou e ficou aproximadamente 15 minutos debaixo d’água a uma temperatura perto de 0 °C. Equipes de resgate o retiraram já inconsciente e sem pulso.
Ele foi levado às pressas a um hospital local de St. Louis, onde recebeu manobras de reanimação cardiopulmonar por cerca de 45 minutos, sem sucesso.
Adolescente revive após 1h clinicamente morto em lago congelado
Hipotermia e tempo sem pulso
Médicos apontaram que o frio extremo induziu hipotermia severa, reduzindo drasticamente as funções corporais do adolescente. Mesmo assim, o coração permaneceu parado por cerca de 1 h 15, período no qual Smith foi declarado clinicamente morto.
Momento da oração e reviravolta hospitalar
De acordo com o pastor Jason Noble, que acompanhava a família, a virada ocorreu quando Joyce Smith, autorizada a entrar na sala, se aproximou do filho e orou em voz alta:
“Espírito Santo, traga meu filho de volta à vida.” Testemunhas relatam que, imediatamente após a oração, monitores cardíacos voltaram a registrar atividade. Os aparelhos reiniciaram batimentos segundos depois da súplica, surpreendendo a equipe médica.
Reanimações adicionais
Mesmo com o retorno do pulso, o quadro permaneceu crítico. Smith sofreu três a quatro novas paradas cardíacas nas horas seguintes.
Médicos estimaram 99 % de probabilidade de morte antes do amanhecer e, em caso de sobrevivência, possibilidade quase certa de estado vegetativo, devido ao tempo sem oxigenação cerebral.
Recuperação, repercussão e registro em filme
Contrariando prognósticos, John Smith apresentou melhora progressiva nos dias subsequentes. Em poucas semanas, recuperou funções neurológicas sem déficits aparentes.
O caso ganhou notoriedade nacional, sendo descrito por Noble como “uma história de Lázaro contemporânea”. Em 2019, a experiência foi adaptada ao cinema no longa-metragem “Breakthrough”, estrelado por Chrissy Metz, conhecida pela série “This Is Us”.
O roteiro baseou-se tanto no livro “The Impossible”, escrito por Joyce Smith, quanto no relato do pastor.
Visão do pastor sobre o episódio
Quase uma década depois, Jason Noble afirma que presencia do poder da fé o marcou permanentemente. Ele relatou ter enxergado “um anjo do chão ao teto” na sala de hospital durante as orações.
Em entrevistas recentes, o líder religioso destacou que “milagres exigem cooperação humana com Deus”, conceitos desenvolvidos em seu livro “Breakthrough to Your Miracle”.
Vida atual e lições declaradas pelos envolvidos
John Smith, agora com cerca de 25 anos, casou-se, tornou-se pai e não apresenta sequelas do afogamento. Para o pastor, a história reforça que, embora nem todas as curas ocorram “deste lado da eternidade”, a salvação espiritual é, em sua visão, o maior milagre.
Já Joyce Smith continua compartilhando o testemunho em igrejas e eventos, defendendo o poder da oração intercessória.
Profissionais de saúde que atenderam o caso reconhecem a raridade de um paciente sobreviver após período tão prolongado de anóxia.
Ainda assim, enfatizam que a hipotermia pode, em circunstâncias específicas, reduzir a demanda metabólica cerebral, aumentando as chances de reversão quando associada a atendimento rápido.
No âmbito cultural, a produção cinematográfica, distribuída mundialmente, contribuiu para levar a história a novos públicos e reacender debates sobre fé, ciência e sobrevivência em condições extremas. A trama arrecadou milhões de dólares em bilheteria e foi indicada a prêmios no segmento de filmes inspiracionais.
Enquanto estudiosos buscam explicações fisiológicas, envolvidos atribuem o desfecho a intervenção divina. O caso permanece como um dos relatos mais divulgados de recuperação considerada impossível pela medicina contemporânea.
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