O Dízimo no Novo Testamento

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A prática do dízimo é um tema recorrente na Bíblia, e sua relevância é um ponto de discussão entre estudiosos religiosos e fiéis. No entanto, ao falar sobre o dízimo no Novo Testamento, muitos se perguntam qual é a orientação bíblica para os cristãos.

Neste artigo, vamos explorar as menções ao dízimo no Novo Testamento, suas interpretações e como essa prática se encaixa nas práticas bíblicas modernas.

O Que é o Dízimo?

O dízimo, tradicionalmente, refere-se à entrega de 10% da renda pessoal para a obra de Deus. Esta prática tem suas raízes no Antigo Testamento, onde era uma forma de sustento para os levitas, sacerdotes e o templo. Além disso, o dízimo era uma expressão de gratidão e obediência a Deus pelos recursos fornecidos.

O Dízimo no Antigo Testamento

Antes de mergulharmos no Novo Testamento, é importante entender como o dízimo era observado no Antigo Testamento. Passagens como Levítico 27:30 e Deuteronômio 14:22-29 instruíam os israelitas a separar a décima parte de suas colheitas e rebanhos como uma oferta sagrada.

Contextos Culturais e Históricos

No contexto histórico do Antigo Testamento, o dízimo era mais do que uma obrigação religiosa; era uma parte integral da vida comunitária e social dos israelitas. A prática não apenas sustentava o clero, mas também ajudava a prover para os necessitados.

O Dízimo no Novo Testamento

Ao contrário do Antigo Testamento, o Novo Testamento não possui mandamentos explícitos sobre o dízimo. No entanto, isso não significa que o Novo Testamento ignore a prática. Várias passagens mencionam princípios de doação e generosidade, que são essenciais para entender a abordagem cristã à contribuição.

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A Missão de Jesus e os Ensinos Apostólicos

Jesus, em Seus ensinamentos, não focou explicitamente no dízimo, mas sim em princípios de generosidade, amor e justiça. Por exemplo, em Mateus 23:23, Jesus critica os fariseus por serem escrupulosos com o dízimo enquanto negligenciam “os preceitos mais importantes da lei”. Isso sugere que Jesus valorizava mais o coração generoso do que a mera observância ritualística.

Além disso, os apóstolos, em seus escritos, incentivaram a generosidade e a partilha entre os cristãos. Paulo, em 2 Coríntios 9:7, recomenda que cada um dê “conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação”.

Exemplo da Igreja Primitiva

A igreja primitiva, conforme descrito em Atos, era caracterizada pela comunhão e solidariedade. Os primeiros cristãos compartilhavam tudo o que tinham, assegurando que ninguém passasse necessidade (Atos 4:32-35). Este espírito de comunhão é um reflexo do chamado à generosidade que perpassa o Novo Testamento.

Interpretações Modernas do Dízimo

Na prática moderna, muitas igrejas cristãs ainda promovem o dízimo como uma disciplina espiritual. Contudo, há uma crescente ênfase na doação voluntária e generosa, em vez de uma obrigação rígida de 10%.

Razões para Continuar Dizimando

  1. Sustento das Igrejas: O dízimo continua sendo uma fonte vital de apoio financeiro para muitas congregações, possibilitando ministérios, missões e caridade.
  1. Expressão de Fé e Gratidão: Para muitos, o dízimo é uma maneira tangível de demonstrar sua fé e gratidão a Deus.
  2. Comunidade e Engajamento: Contribuir financeiramente pode fortalecer o senso de pertencimento e compromisso com a comunidade de fé.

Além do Dízimo

Alguns argumentam que o dízimo é apenas o ponto de partida para a generosidade cristã. Acredita-se que os seguidores de Cristo são chamados a viver vidas de generosidade radical, respondendo às necessidades sempre que possível, além dos limites do dízimo tradicional.

Conclusão

Embora o dízimo possa não ser explicitamente ordenado no Novo Testamento, o chamado à generosidade e cuidado comunitário é claro. Cristãos são encorajados a dar não por obrigação, mas por amor e generosidade, refletindo o caráter de Cristo. Na prática, isso pode se manifestar através do dízimo, mas também por meio de atos espontâneos de bondade e ajuda aos necessitados.

A decisão de dizimar e como fazê-lo deve ser baseada em oração, reflexão e compreensão das escrituras. Quer saber mais sobre como integrar essa prática à sua vida de fé? Entre em contato conosco para explorar as diversas maneiras de vivenciar a generosidade cristã na sua comunidade.

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