Rebeldes ligados ao Estado Islâmico atacam igreja católica no leste da RDC e deixam ao menos 34 mortos

Rebeldes ligados ao Estado Islâmico atacam igreja católica no leste da RDC e deixam a

Rebeldes ligados ao Estado Islâmico atacam igreja católica no leste da RDC e deixam ao menos 34 mortos – Pelo menos 34 pessoas morreram na madrugada de domingo, 27 de julho de 2025, após a invasão de uma igreja católica na cidade de Komanda, província de Ituri, no leste da República Democrática do Congo (RDC).

O ataque foi atribuído a combatentes da Força Democrática Aliada (ADF), facção armada que jurou fidelidade ao Estado Islâmico em 2019 e é apontada como responsável por sucessivas ofensivas contra civis na região.

O episódio ocorreu por volta de 1h, quando fiéis participavam de um serviço religioso no templo principal da paróquia local.

Segundo o coordenador da sociedade civil em Komanda, Dieudonne Duranthabo, os agressores entraram no edifício disparando armas de fogo e utilizando facões contra quem tentava fugir. Além das mortes, várias casas e estabelecimentos comerciais foram incendiados no entorno.

Rebeldes ligados ao Estado Islâmico atacam igreja católica
Rebeldes ligados ao Estado Islâmico atacam igreja católica

Imagens gravadas por moradores e divulgadas em redes sociais mostram estruturas em chamas, corpos espalhados no chão da igreja e pessoas em choque diante da cena.

Voluntários iniciaram a escavação de uma vala comum dentro do complexo paroquial para realizar o sepultamento das vítimas, ainda não identificadas oficialmente.

Dados divergentes sobre o total de vítimas

Embora a liderança comunitária relate 34 mortos, o tenente Jules Ngongo, porta-voz do Exército congolês (FARDC) em Ituri, informou à imprensa que houve “pelo menos dez” óbitos confirmados no local.

Já a Rádio Okapi, veículo apoiado pelas Nações Unidas, citou fontes de segurança que contabilizam 43 fatalidades. As autoridades ainda trabalham na verificação independente dos números, dificultada pela remoção tardia dos corpos e pela necessidade de reconhecer cada uma das pessoas atingidas.

Relatos preliminares indicam que os insurgentes teriam partido de um reduto situado a cerca de 12 quilômetros de Komanda. Após a ofensiva, o grupo se retirou antes da chegada das forças de segurança, que permanecem em patrulha nas rotas de fuga usadas pelos combatentes.

Ataque anterior e sequestros

Horas antes do massacre na igreja, cinco moradores da aldeia vizinha de Machongani foram mortos em circunstâncias atribuídas à mesma facção.

Testemunhas mencionam que vários habitantes foram levados para a mata e permanecem desaparecidos. A quantidade de sequestrados e o destino das vítimas não haviam sido esclarecidos até o momento da apuração.

Duranthabo, que coordena organizações civis em Ituri, classificou a situação como crítica. Para ele, a presença ostensiva de forças de segurança na cidade não impediu o avanço dos rebeldes.

O dirigente reivindicou ação militar imediata para evitar novos incidentes, alertando que “o inimigo continua próximo” e poderia atacar novamente.

Histórico da ADF na região

A ADF surgiu no fim da década de 1990, formada por pequenas células dissidentes em Uganda, insatisfeitas com o governo do presidente Yoweri Museveni.

Sob pressão de operações militares ugandesas, a organização atravessou a fronteira e fixou bases na vizinha RDC a partir de 2002. Desde então, calcula-se que milhares de civis tenham morrido em ações atribuídas ao grupo.

Em 2019, o movimento anunciou lealdade ao Estado Islâmico, intensificando a frequência e a violência dos ataques.

A província de Ituri, juntamente com o Norte de Kivu, tornou-se um dos focos da ofensiva extremista. No início deste mês, dezenas de pessoas foram mortas na mesma província, episódio descrito por um porta-voz das Nações Unidas como um “banho de sangue”.

Conflito multifacetado no leste da RDC

O leste congolês abriga dezenas de agrupamentos armados, motivados por questões étnicas, políticas e econômicas.

Além da ADF, outro ator que desafia o governo é o Movimento 23 de Março (M23), que retomou atividades em 2022 e conta, segundo Kinshasa e organismos internacionais, com apoio do vizinho Ruanda.

A coexistência de múltiplas milícias dificulta o controle territorial e sobrecarrega as Forças Armadas congolesas.

As Nações Unidas mantêm uma missão de paz na RDC, a MONUSCO, instalada há mais de duas décadas.

Entretanto, moradores e organizações locais criticam a capacidade real da operação em proteger civis, sobretudo em áreas remotas, como as que compreendem a província de Ituri.

Em resposta, o governo congolês tem buscado parcerias regionais e acordos bilaterais para reforçar a segurança fronteiriça.

Reação oficial e medidas de segurança

Até o fim da tarde de domingo, o governo central não havia divulgado posicionamento detalhado sobre o ataque à igreja de Komanda.

Autoridades regionais afirmam que tropas adicionais foram destacadas para pontos sensíveis, enquanto unidades especializadas realizam buscas pelos responsáveis. O Exército, no entanto, enfrenta limitações logísticas e o terreno de floresta densa favorece a mobilidade dos insurgentes.

Analistas militares observam que o método empregado pela ADF — uniões repentinas de pequenos grupos armados, seguidas de retorno rápido a bases florestais — torna a repressão direta mais difícil.

Em vários casos, a milícia se fragmenta em células independentes para reduzir o risco de perdas significativas em confrontos diretos com tropas regulares.

Impacto humanitário

A violência crônica na região leste da RDC produziu uma crise humanitária de grandes proporções. De acordo com agências internacionais, milhões de pessoas estão deslocadas internamente, fugindo de ataques constantes e da insegurança alimentar.

Em Ituri, escolas e centros de saúde frequentemente suspendem atividades, agravando a vulnerabilidade de comunidades isoladas.

Nos arredores de Komanda, residentes relataram a saída apressada de famílias inteiras, temendo novos ataques.

Organizações humanitárias avaliam a necessidade de abrigo, assistência médica e apoio psicológico para sobreviventes do massacre, sobretudo crianças que testemunharam a violência dentro da igreja.

Desafios de responsabilização

Investigações sobre a autoria de crimes em zonas de conflito costumam enfrentar obstáculos, como a ausência de infraestrutura judiciária e a intimidação de testemunhas. Em ataques anteriores atribuídos à ADF, poucos líderes foram apresentados à Justiça.

Especialistas defendem a criação de tribunais móveis ou reforço da cooperação internacional para coletar provas e promover responsabilizações, medida vista como essencial para combater a impunidade.

Enquanto isso, representantes religiosos de várias denominações condenaram o ataque em Komanda. A Conferência Episcopal local pediu proteção para locais de culto e para comunidades que buscam refúgio espiritual.

No passado, templos já foram alvos da ADF, o que deslocou celebrações para locais improvisados ou obrigou fiéis a participar de cultos diurnos, considerados mais seguros.

Próximos passos

Equipes de resgate e voluntários continuam a remover escombros e a procurar possíveis sobreviventes sob estruturas danificadas. Autoridades sanitárias alertam para o risco de doenças caso os corpos não sejam enterrados rapidamente.

Um sepultamento coletivo deve ocorrer ainda nesta semana, depois de concluído o processo de identificação, medida que pode reduzir o impacto psicológico em familiares.

O ataque à igreja católica em Komanda reacende a discussão sobre a necessidade de estratégias coordenadas, que combinem ações militares, desenvolvimento socioeconômico e mecanismos de justiça.

Sem avanços nesse tripé, avaliam observadores, a população civil permanecerá exposta a episódios como o de domingo, marcados por violência extrema e perdas significativas.

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